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Biblioteca da Andreia

Este espaço é dedicado a todas as coisas que gosto, que me inspiram e me fazem bem. Chama-se biblioteca porque é como uma estante onde posso colocar as minhas paixões, ideias e pensamentos. Escrever é libertador!

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15.03.23

Opinião ''Corações Feridos'' Colleen Hoover


Andreia Machado

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Acho que já todos percebemos que quando pegamos num livro da Colleen Hoover, vamos ter de certeza, uma leitura viciante e emocionante com reviravoltas inesperadas e histórias de amor peculiares.

Em Corações Feridos não desilude, começa logo com um acontecimento chocante e com a descrição da vida de Beyah, 19 anos, tão jovem e já com uma bagagem de tristeza e traumas suficientes para uma vida inteira.

Vê aqui o Aesthetic do Livro

E quando estava quase a deixar a vida que teve até aquele momento, vê-se obrigada a mudar de planos, a contactar o pai, a viajar para o Texas para a Península Bolivar para passar os meses de Verão com ele.

Mas Beyah pouco conhece o pai e ainda menos a nova família dele, cai de para-quedas e sente-se completamente deslocada. Tem de aprender a conviver com pessoas tão diferentes dela.

No meio de tanta coisa, conhece Samson, o vizinho da casa ao lado, esbarra nele mesmo antes de chegar à Península, ao início não se entendem mas depois começam a encontrar imensas semelhanças entre eles. Como é que uma miúda pobre e um rapaz rico podem ter tantas coisas em comum, incluindo uma mochila tão carregada de coisas tristes?

''Ele tem razão. Nós somos parecidos, mas apenas na mais triste das formas.''

Tão jovens e com tantos segredos, Beyah sente que finalmente encontrou alguém que a compreende e com quem consegue desabafar e confiar. Samson é um mistério indesvendável por muito tempo mas com Beyah sente-se como nunca sentiu.

''Há qualquer coisa neste rapaz que está a enterrar-se em mim, como se a sua aura tivesse garras.''

Temos uma evolução na história dela com o pai e também o descobrir de uma linda amizade entre Beyah e Sara a sua nova "irmã" (filha da nova esposa do pai).

Gostei muito da Sara, uma miúda rica que nos mostra que o sítio onde nascemos não faz a nossa personalidade. Podia ser a típica cheerleader, filha de papás, que vemos nas comédias colegiais, mas pelo contrário é uma pessoa fantástica.

Esta história é um mar de segredos que vamos descortinando ao longo do livro e nos faz perceber que, às vezes, os mal entendidos e a  falta de comunicação podem mudar a nossa história de vida de uma forma que não imaginamos ser possível.

A primeira coisa que quero dizer é que adoro a capa do livro, é das mais bonitas da minha estante.

A segunda é que quero ir até à Península Bolívar ver o nascer do sol.

Temos descrições tão boas que parece que estamos lá junto das personagens a ver a história deles na primeira fila.

O nascer do sol da janela do quarto de Beyah, o pôr do sol sobre o mar no ferry, as fogueiras na praia. Os mergulhos no mar e a vida em bikini. Que maravilha! 

''(...) olhando fixamente para o mar pela primeira vez na vida. Se a pureza tivesse um aroma, seria este.''

''O sol está quase a pôr-se e o céu é inteiramente composto por espirais em tons de cor de rosa, cor de laranja e vermelho.''

A história da Beyah e do Samson é muito bonita e leve, eles criam uma amizade tão grande e forte em tão pouco tempo e apesar de terem uma vida pesada, tendo em conta quão jovens são, é dos livros mais suaves da CoHo. 

Se estão no mood para um livro com vibe de Verão e uma leitura fluída, este é perfeito! Até porque a Colleen sabe bem como nos prender à história, cada linha pede para ler mais e mais e só conseguimos parar quando devoramos o livro todo.

Adorei a Beyah. A resiliência dela, a força que teve para mudar um destino que, aparentemente, já lhe estava traçado mal nasceu, do carácter, da dureza e da persistência mesmo quando tudo e todos estavam contra ela.

E claro que temos um final que surpreende. 🤫

''Não te preocupes. Os corações não tem ossos. Não podem partir-se de verdade.''

Podes encontrar o livro aqui 🌊

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Editora: Top Seller